Empresa pede que profissionais façam parte da última etapa de imunização, que inclui trabalhadores de transportes. Outros grupos já reivindicaram a mesma coisa.

RIO — A Uber enviou uma carta para o Ministério da Saúde, nesta quinta-feira, pedindo que seus motoristas e entregadores tenham prioridade na fila da vacina e sejam imunizados junto aos demais trabalhadores do setor de transportes. 

A vacinação de caminhoneiros, metroviários e profissionais de transporte coletivo rodoviário deve acontecer na quarta etapa do plano de vacinação nacional. Esta é a última fase e contempla também professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
Segundo a companhia, o acesso à vacina “ajudaria os motoristas e as pessoas que realizam entregas a continuar a seu papel essencial, ao mesmo tempo em que reduziria o risco para todos”. 

Em contrapartida, a Uber disse que se dispõe a doar viagens para vacinação de grupos prioritários.

Mais grupos pediram prioridade

A empresa não foi a única a fazer esta solicitação. Outros grupo já pediram para se vacinar antes.

A Federação que reúne funcionários da Caixa Econômica Federal também pediu que os trabalhadores do banco sejam incluídos no grupo prioritário, conforme divulgou a colunista Bela Megale, na semana passada.

Segundo a federação, com a iminência do retorno do pagamento emergencial, os bancos ficarão cheios criando um ambiente propício para propagação do vírus.
No início do mês, a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) alegou que os funcionários que atuam diretamente no abastecimento de água e no tratamento de esgoto precisam ter prioridade, porque as equipes ficam expostas ao coronavírus durante as operações de manutenção.

Até fevereiro, o Ministério da Saúde já havia recebido 45 pedidos para prioridades na vacinação contra a Covid-19. Entre os grupos que defendem a urgência na vacinação, estão personal trainers, trabalhadores dos Correios, fonoaudiólogos, produtores rurais, aeronautas, profissionais de limpeza, guardas municipais e burocratas das agências de regulação.