Ato faz parte de uma ação nacional que cobra aumento do valor repassado por viagem e mais segurança.

Os motoristas de aplicativo em Belo Horizonte e Região Metropolitana prometem paralisar as atividades nesta quarta-feira (17). O ato faz parte de um movimento nacional que está previsto para ser realizado ao longo de toda quarta. Diferentemente dos outros protestos, dessa vez, os motoristas vão ficar em casa e deixar os aplicativos desligados.  

A categoria cobra reajuste nos preços repassado aos condutores pelas corridas e mais segurança. Os profissionais esperam demonstrar também com a manifestação a insatisfação da categoria com os preços dos combustíveis, como conta o representante da Frente de Apoio Nacional dos Motoristas Autônomos (Fanma), Carlos Virtuoso.

“Os aplicativos alteraram os valores para os usuários, mas não estão fazendo os devidos repasses para os motoristas. Mesmo com inúmeros aumentos dos preços dos combustíveis, os aplicativos não estão olhando para os motoristas”, alega.

Outro lado
 
99
 
Em resposta à Itatiaia, a empresa 99 declarou estar aberta ao diálogo com os motoristas. A instituição afirma que prioriza os ganhos dos motoristas parceiros. 
 
“Nesse sentido, a empresa viabiliza parcerias e condições especiais nos preços dos combustíveis, manutenção de carros e aluguel com agências para reduzir os gastos dos parceiros”, diz a nota enviada.
 
A empresa garante que já investiu em melhorias do serviços, que pode gerar ganhos para a 99 e para o condutor. “No ano passado, a 99 investiu mais de R$ 160 milhões com lançamentos de produtos e ferramentas de segurança para aumentar a demanda pelo serviço, além de tornar a rotina do motorista mais eficiente em toda a sua jornada, evitando a ociosidade".
 
Uber
 
Por meio de nota, a Uber também se posicionou sobre a paralisação. Em relação aos valores recebidos pela empresa pelas viagens, a empresa atribui a sazonalidade e a pandemia a queda no lucro. 
 
“Todo início de ano, o comércio é impactado pelo que os economistas chamam de sazonalidade. A Uber não é exceção. Em janeiro e fevereiro, há menos passageiros à procura de viagens, em comparação com novembro e dezembro --e isso está ainda mais acentuado neste ano, com o aumento das restrições relacionadas à pandemia da covid-19”, afirma.
 
A Uber lembra que a questão do combustível não cabe a empresa, mas diz buscar alternativas para ajudar o motorista. “Por meio do nosso programa de vantagens para parceiros, o Uber Pro, busca parcerias como a do posto Ipiranga, que devolve aos parceiros da Uber 4% de todo valor pago em combustíveis usando o app Abastece Aí”, alega.