Linha 11-Coral da CPTM e ônibus das zonas Sul e Leste estão entre os serviços com maior movimento

ADAMO BAZANI

A cidade de São Paulo tem ônibus e trens mais cheios nesta terça-feira, 12 de maio de 2020, segundo dia do rodízio municipal de veículos ampliado.

Nem todo o sistema de transportes está com superlotação, mas de acordo com o que o Diário do Transporte apurou, ônibus municipais gerenciados pela SPTrans – São Paulo Transporte, estão circulando lotados, em especial nas extremos das zona Leste e Sul.

A prefeitura de São Paulo diz, desde a semana passada, que colocou mil veículos extras como reforço já diretamente nas linhas, e outros 600 parados em bolsões distribuídos pela cidade em locais estratégicos. Na manhã de segunda-feira, primeiro dia de rodízio mais severo, foram usados 460 destes 600 ônibus. A demanda subiu em cerca de 10% em relação à semana passada, o que significa mais 300 mil pessoas nos ônibus, quantidade de gente maior que toda a população de São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

O problema maior de lotação tem sido na periferia.

Com o acréscimo dos mil ônibus, a frota está em 65% do habitual de antes da pandemia. Na semana passada, eram 53%.

No Metrô e nos trens da CPTM nesta manhã novamente há maior movimentação, com destaque para a linha 11- Coral.

Algumas partidas ficaram bem mais lotadas que na semana passada. Nos horários de pico, 100% da frota da linha 11 estão em operação.

Nesta terça-feira, 12, só circulam carros com placas de final par.

O rodízio vale o dia todo (não somente no horário de pico) e em todas as vias da cidade.

Algumas categorias e veículos de serviços essenciais podem pedir dispensa da restrição.

Veja como neste link:

https://diariodotransporte.com.br/2020/05/08/confira-quem-estara-livre-do-rodizio-de-veiculos-que-volta-mais-rigido-na-segunda-feira-11/

Segundo a prefeitura de São Paulo, o rodízio mais severo é para desestimular deslocamentos desnecessários e contribuir para reduzir o ritmo do avanço da Covid-19.

Entretanto, estudos internacionais mostram que, após o ambiente hospitalar, é justamente no transporte público onde está o maior risco de contágio pelo novo coronavírus.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes